Bomba atômica

A Bomba atômica é uma arma de energia nuclear que possui um grande poder de destruição, que foi elaborada durante a Segunda Guerra Mundial quando houve a necessidade de desenvolver novas armas de combate.

A explosão da uma bomba atômica constitui uma reação nuclear em cadela não controlada. Acontece quase instantaneamente porque são usados neutrões rápidos, isto é, não são usados moderadores da reação. 

O aumento da temperatura que se verifica durante a explosão de uma bomba atômica faz subira pressão, incrementando, deste modo, a dimensão da explosão. A radiação que se espalha durante a explosão de uma bomba atômica é maléfica para os organismos vivos.  

A bomba atômica foi um progresso tecnológico muito grande pois mostrou que o Homem estava capacitado para fazer grandes descobertas. Mas acabou por trazer uma influência negativa ao Homem. Tal é o caso do ataque levado a cabo pela força aérea norte-americana ao lançar as bombas atômicas Litle Boy em Hiroshima e Fat Man em Nagasaki, nos dias 6 e 9 de Agosto de 1945, respetivamente, causando muitas mortes. 

Durante a Segunda Guerra Mundial desenvolveu-se nos Estados Unidos, em colaboração com a Grã-Bretanha e Canadá, um projeto – Projeto Manhattan – que tinha como objetivo a construção de bombas atômicas. Isto ocorreu por volta dos anos 40, no entanto, a história desta arma explosiva com energia derivada de uma reação nuclear pode ser contada a partir da descoberta do nêutron, em 1932. 

Em 1938, dois cientistas alemães conseguiram romper o núcleo do urânio, o maior átomo da natureza. No processo, ocorreu desprendimento de energia em quantidades muito maiores do que as geradas por reações químicas. 

A partir de tais descobertas, os pesquisadores perceberam que seria possível a criação de uma reação em cadeia que poderia gerar grandes quantidades de energia, o que provocaria uma explosão com elevado poder de destruição. 

As notícias da descoberta dos alemães espalharam-se rapidamente e, pouco depois, físicos de vários países, como Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão, engajavam-se em experiências parecidas. 

Em 1939, na Universidade de Columbia (Nova York), o refugiado húngaro Leo Szilard demonstrou que a fissão nuclear (processo de rutura do núcleo do átomo) liberava neutrões, liberando ainda mais neutrões, em uma reação em cadeia autossustentável. 

Logo depois, os físicos descobriram que a fissão autossustentável apenas era possível com o isótopo U-235, ou com novo elemento chamado plutônio. Durante os anos de guerra, apenas os Estados Unidos dispunham de recursos financeiros e científicos para a empreitada. 

Ainda no ano de 1939, Einstein admitiu a possibilidade de construção de uma bomba atômica. Já no início da década de 40, a ideia começou a ser espalhada, criando a oportunidade para dezenas de cientistas europeus encontrarem refúgio nos Estados Unidos. 

O funcionamento da bomba atômica 

A bomba atômica funciona pelo fenômeno denominado fissão nuclear, que é a quebra do núcleo do átomo, o que libera uma imensa quantidade de energia. Uma bomba como a lançada sobre Hiroshima contém três porções separadas de urânio-235. 

Os detonadores são constituídos por duas cargas de explosivos comuns e são responsáveis por produzir a compactação dos blocos de urânio. Assim, o elemento químico atinge a massa quântica necessária para a explosão nuclear. 

No fenômeno da fissão, o núcleo de um átomo de urânio-235 atinge o núcleo de outro, liberando neutrões, que seguem dividindo novos núcleos, numa reação em cadeia que libera a imensa quantidade de energia e calor.